As vendas de bens e serviços online representaram 19% da faturação das empresas nacionais em 2022, alcançando os 68 mil milhões de euros. Os valores representaram, respetivamente, reforços de 1,8 pontos percentuais e 36,3% face ao ano anterior. E são inferiores à média europeia, com apenas 18% das empresas a efetuarem este tipo de transações no ano passado, menos, 1,6 pontos percentuais do que em 2021. Os dados são do INE, no ‘Inquérito à utilização de tecnologias da informação e da comunicação nas empresas',
Por setor de atividade, destacaram-se o ‘comércio', com 31,7% das empresas a efetuarem vendas online (-0,6 pontos percentuais face a 2021), ‘alojamento e restauração' com 28,2% (-10,9 pontos percentuais) e ‘informação e comunicação' com 20,5% (+2,9 pontos percentuais). O ‘alojamento e restauração' registou o maior decréscimo face a 2021, enquanto o maior aumento aconteceu nos ‘outros serviços' (+3,4 pontos percentuais).
Relativamente a 2023, o INE avança que 96,9% das empresas e 48,9% das pessoas ao serviço referiram ter acesso à internet para fins profissionais, respetivamente menos 0,1 pontos percentuais e mais 0,8 pontos que em 2022.
Cerca de 62,4% das empresas preferem ter um website próprio ou do grupo económico a que pertencem (-0,6 pontos percentuais que em 2021), sendo que a maioria disponibiliza a descrição dos bens ou serviços e/ou listas de preços (79,1%). E 61,1% das empresas utilizam meios digitais de comunicação (social media), sendo que a sua quase totalidade utiliza as redes sociais (99,1%). O inquérito revela ainda que este ano em 28,2% das empresas é realizada análise de dados e em 14,3% esta é executada por empresa ou organização externa. Em termos de comércio de dados, estima-se que em 2022 só 1,1% das empresas tenha vendido alguns dos seus dados e 2,3% tenha adquirido.
Em termos de utilização de tecnologias, no INE diz que no ano passado 37,5% das empresas compraram serviços de cloud computing, mais 4,1 pontos percentuais face a 2021, destacando-se a compra do serviço de correio eletrónico e armazenamento de ficheiros (91,1% e 73,7%, respetivamente). As tecnologias de IA eram usadas apenas por 7,9% das empresas, mais 0,7 pontos percentuais que em 2021. Sendo que as mais utilizadas são "as que identificam objetos ou pessoas através de imagens e que automatizam diferentes fluxos de trabalho ou auxiliam na tomada de decisão".
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